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"Sinto carinho por este clube"

Filipe Gaidão, 33 anos, é jogador e treinador de hóquei em patins do Aljustrelense, da III Divisão, Zona Sul. Jogou no Paço de Arcos, Benfica, FC Porto, Sporting, entre outros clubes, mas hoje o internacional português, que em 2003 sofreu um grave acidente, brilha no Alentejo.

 

Por que motivo abraçou este projecto no Aljustrelense?

Tinha decidido deixar de jogar. Entretanto,convidaram-me para ser treinador e jogador em Aljustrel, onde faço as clínicas de férias com os miúdos. Como sinto carinho pelo clube e a terceira divisão é boa para ganhar experiência como treinador, aceitei. E assim sempre continuo a jogar...

 

Mas tinha convites de clubes da I e II divisões?

A minha decisão estava tomada até aparecer este convite. Obviamente, quando se soube que ia jogar apareceu um ou outro convite da primeira divisão, mas já tinha dado a minha palavra ao Aljustrelense.

 

Quantas vezes por semana vai do Estoril para Aljustrel?

Três: dois treinos durante a semana e mais o jogo. Levo um jogador comigo. Não é fácil. É uma hora e pouco só uma viagem, mas não há nada a que não nos habituemos.

 

A sua mulher [Karen Gaidão] costuma acompanhá-lo?

Sim, vai ver os jogos.

 

Qual é o projecto para a próxima época?

Ainda não sei, mas se ficar em Aljustrel quero ter uma equipa para subir à II Divisão.

 

E como está a correr a carreira de actor?

Está a seguir. Quero continuar. Depois de ter feito a telenovela [“Podia Acabar o Mundo”] terminei um curso na TVI e devo começar a trabalhar em Maio, mas ainda não está certo.

Cão devora carro da polícia

Este vídeo mostra um cão Pit Bull de raça cruzada com boxer a devorar o pára-choques de um carro da polícia no Tennessee (EUA), no passado dia 14 de Março. As imagens foram captadas por uma câmara das autoridades. O cão, chamado Winston, foi para um asilo de animais depois do incidente e os seus donos tiveram de pagar uma fiança de 200 dólares (148 euros).

Entrevista com Stacey Kent

Nasceu em New Jersey, depois mudou-se para o Colorado. Tudo nos EUA. Sei que tem umas ligações a França, mas neste disco apresenta um sotaque muito bom!

(risos) Obrigada! O disco em francês era algo que teria de acontecer. Já sabia que o queria fazer há muito tempo e era uma questão de timing, de oportunidade. Eu queria era encontrar as canções certas. O resultado é interessante, porque mesmo não sendo a minha língua nativa, acho que é o disco mais íntimo e pessoal. Mas acho que é porque a minha ligação à língua francesa e à poesia francesa é muito profunda. Isso deve-se à minha ligação à França: o meu avô, era russo, mas viveu em França muitos anos. E tinha um amor tremendo pela cultura francesa. Quando era pequena ele ensinou-me a ler em francês e a recitar poesia. Eu não sabia o que estava a dizer, mas ele adorava e ria-se! Quando entrei para a escola já tinha uma enorme curiosidade, em aprender. Ele deu-me o amor pela língua e acho acabei por estudar  línguas e literatura e poesia por causa dele.

 

Mas porque é que este era o momento correcto?

Já alguns anos que vinha a coleccionar o material que queria apresentar. Então acho que o timing estava correcto nesse sentido, porque encontrei a forma do álbum. E vou ser honesta contigo: eu podia ter feito algo mais simples e superficial, mas devia-o a mim, fazer o disco tão profundo e pessoal. Eu já tinha gravado algumas músicas em francês e a recepção por todo o mundo foi tremenda. E descobre-se que toda a gente gosta de poesia francesa! O próprio som das palavras soa bem! Acho que a editora também percebeu que era um disco que se podia fazer. Foi difícil chegar às 12 músicas que compõem o disco e criam o universo que eu lhe queria dar.

 

 

Teve aulas para a pronúncia?

Sim, tive um treinador que me ajudou! Eu tenho sotaque, mas queria que ele fosse o melhor possível, mas sabia que não podia ser perfeito. Ao início estava preocupada, mas depois percebi que o que era importante era a entrega às músicas, às histórias e à poesia.

 

Há quem diga que quando se preocupa demais com a pronúncia, acaba por perder-se o sentimento.

Exactamente e para mim o sentimento era o mais importante, o centro de tudo.

 

Que memórias tem da estadia em Paris, França?

Vivi lá durante um ano e meio, com a minha irmã, durante muito desse tempo. Foram tempos excelentes. Falávamos as duas entre nós em francês, precisamente para melhorar. Na altura era estudante e falava a toda a hora. Era giro que nós as duas fingíamos que éramos francesas! Hoje consigo perceber uma coisa: cada língua tem uma personalidade e quando faladas pela mesma pessoa, vem ao de cima diferentes aspectos dessa pessoa.

 

Isto foi há cerca de 20 anos.

Sim.

 

E Paris também teria um encanto diferente, não?

Sempre teve um encanto enorme. E tu estás onde, em Lisboa?

 

Sim. Em Lisboa.

Lisboa  também é encantadora! Adoro Lisboa! Adoro (em português). É uma cidade onde eu poderia morar.

 

Estava há pouco a dizer que o seu avô foi uma influência muito grande para si no que diz respeito à poesia. Como é que Paris a influenciou musicalmente?

Bem, acho que compreendi muito cedo que a cultura francesa e a minha cultura pessoal partilhavam muitas coisas. Quando ouvi a música francesa revi-me nela. Ainda antes de ser cantora. Acho que a música francesa e brasileira – e eu – partilhamos uma sensibilidade, muito delicadas, doces. Acho que o que gostei era que era música sem grande drama, sem grande teatralidade. Eu gosto disso na minha música, porque mostra como eu sou. E acho que essa naturalidade existia mais em francês e português do que na minha própria música. Adoro cantar em inglês, mas não é tudo o que eu quero. Parece que falta alguma coisa nos recursos estilísticos, como as metáforas. As emoções escondem-se atrás de qualquer coisa... As emoções em francês e português são muito mais cruas.

 

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